Como fazer pasto rotacionado para o gado?

Guia Prático: Como Fazer Pasto Rotacionado no Brasil

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Introdução

O pasto rotacionado é uma técnica de manejo que revoluciona a produtividade na pecuária. Com ele, é possível preservar a qualidade do solo, garantir alimentação constante ao rebanho e ainda aumentar a lotação da área.

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Neste artigo, você vai aprender como implantar o sistema de pasto rotacionado com orientações passo a passo, dicas de manejo, escolha de capins, exemplos reais e dados confiáveis. Tudo para que você transforme sua pastagem em uma fonte sustentável de lucro e produtividade.

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O que é pasto rotacionado?

O pasto rotacionado é um sistema de divisão estratégica da pastagem em piquetes menores, permitindo o descanso do solo após o pastejo. Com isso, a rebrota do capim é favorecida, o solo recupera nutrientes, e o rebanho se alimenta melhor e de forma contínua.

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Segundo a Embrapa Gado de Corte, esse sistema pode aumentar em até 40% a capacidade de suporte da área, além de prolongar a vida útil da pastagem.

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Benefícios do pasto rotacionado

  • Produção contínua de forragem
  • Aumento da capacidade de lotação animal
  • Redução de áreas degradadas
  • Melhor conservação da umidade do solo
  • Aproveitamento mais uniforme do pasto
  • Maior sanidade e desempenho dos animais
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Como implantar um sistema de pasto rotacionado

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1. Diagnóstico da propriedade

Antes de tudo, avalie:

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  • Área útil da fazenda
  • Tipo de solo (argiloso, arenoso)
  • Declividade e acesso à água
  • Espécie forrageira existente
  • Quantidade e tipo de animais (corte ou leite)
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Faça uma análise de solo para guiar a calagem e adubação inicial.

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2. Escolha do capim adequado

A escolha do capim ideal é crucial para o sucesso do sistema. Veja algumas opções:

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CapimTipo de soloIndicação
Braquiária (brizantha)Médio a arenosoGado de corte extensivo
Panicum (Mombaça, Tanzânia)FérteisAlta produção de forragem
AndropogonPouco exigentePasto degradado
Pioneiro (Capim-elefante BRS Kurumi)IntensivoLeite e corte
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3. Divisão em piquetes

  • Ideal: 1 dia de pastejo / 28 dias de descanso → 30 piquetes
  • Cada piquete pode ter de 0,5 a 2 ha
  • Use cercas móveis ou cercas elétricas
  • Formato de pizza facilita o acesso central ao bebedouro
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4. Acesso à água e sombra

Água fresca e limpa deve estar disponível em todos os piquetes. Instalar bebedouros no centro ou usar canos com válvulas automáticas pode ser uma excelente opção.

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Se possível, plante árvores nas divisas para fornecer sombra e conforto térmico aos animais.

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5. Controle de entrada e saída

  • Entrada: pasto com 25–30 cm
  • Saída: quando restarem 10–15 cmEssa estratégia evita o superpastejo e preserva a coroa da planta.
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6. Adubação de manutenção

Reforce o solo com:

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  • Nitrogênio: ureia ou fontes orgânicas
  • Fósforo: superfosfato simples
  • Micronutrientes, se indicado na análise
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🔗 Fonte: Manual de Adubação da Embrapa

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7. Irrigação estratégica (se possível)

Nas regiões com período seco prolongado, sistemas de irrigação por aspersão ou pivô podem manter o ciclo de pastejo constante.

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Custos estimados para implantação

ItemCusto estimado por ha
Cercas elétricasR$ 800 a R$ 1.200
Bebedouros e encanamentoR$ 500 a R$ 1.000
Adubação inicialR$ 300 a R$ 600
Mão de obravariável
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Investimento recuperado entre 12 e 24 meses com aumento de produtividade e redução de suplementação.

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Casos de Sucesso

Fazenda Esperança (MG)

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A Fazenda Esperança implementou o sistema de pasto rotacionado utilizando o capim Panicu. Com essa estratégia, a propriedade observou um aumento significativo na capacidade de suporte, passando de 2 para 4 unidades animal por hectare (UA/ha. Além disso, houve uma redução de 30 dias no ciclo de engorda dos animais, refletindo em maior eficiência produtividade.

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Estância Boa Terra (MT)

Na Estância Boa Terra, localizada no Mato Grosso, a adoção do pasto rotacionado foi complementada com práticas de irrigação e adubação verde. Essa combinação permitiu alcançar uma produção de até 20 toneladas de matéria seca por hectare por ano (MS/ha/ano), mantendo a produtividade mesmo durante períodos de seca

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Esses casos ilustram como o manejo adequado e a implementação de técnicas sustentáveis podem resultar em melhorias significativas na produtividade e na eficiência das propriedades rurais.

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Estratégias para quem já usa pasto contínuo

  • Comece com 4 a 6 piquetes apenas, como teste
  • Observe a recuperação do capim antes de expandir
  • Use suplementação estratégica (sal mineral + proteinado) no início para reduzir estresse
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Conclusão

Implantar o pasto rotacionado é uma das formas mais inteligentes de aumentar a produtividade, preservar o solo e garantir o bem-estar do gado. Com um planejamento eficiente e acompanhamento técnico, é possível colher resultados concretos logo nas primeiras estações.

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👉 Já pensou em começar o sistema rotacionado na sua fazenda?💬 Deixe um comentário com suas dúvidas ou experiências!🔗 Compartilhe este guia com outros produtores e confira também nossos conteúdos sobre capins para corte, silagem de milho e sistemas integrados de produção.

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FAQ – Perguntas Frequentes sobre Pasto Rotacionado

1. Qual é o melhor capim para piquete rotacionado?

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O melhor capim depende do solo, clima e finalidade da produção. Em geral, o Panicum maximum (como Mombaça e Tanzânia) é indicado para alta produção de forragem. Já a Braquiária brizantha é mais resistente e adaptada a solos menos férteis. Para sistemas intensivos e produção de leite, o Capim-elefante BRS Kurumi também é uma excelente opção.

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2. Quantas cabeças de gado por hectare em pastejo rotacionado?

A lotação depende da espécie forrageira, manejo adotado e fertilidade do solo. Com manejo adequado, é possível manter de 2 a 6 unidades animal por hectare (UA/ha). Em sistemas bem manejados com irrigação e adubação, esse número pode ser ainda maior.

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3. Qual o tempo ideal de descanso entre os ciclos de pastejo?

O descanso ideal varia conforme o tipo de capim e clima, mas geralmente é de 25 a 40 dias. Esse período permite que a planta se recupere antes do próximo pastejo, garantindo maior produtividade e qualidade da forragem.

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4. O sistema rotacionado serve para gado de leite e de corte?

Sim, o sistema de pasto rotacionado é eficiente tanto para gado de leite quanto para gado de corte. No caso do leite, ajuda a manter a qualidade nutricional da pastagem. Para corte, acelera a engorda e melhora o ganho de peso diário.

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5. Qual a diferença entre pastagem contínua e rotacionada?

Na pastagem contínua, os animais ficam livres em toda a área, o que pode causar degradação do solo e do capim. Já no sistema rotacionado, os piquetes são utilizados alternadamente, permitindo descanso da planta, maior produção e melhor aproveitamento da área.

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