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CADE adia suspensão da Moratória da Soja para 2026

moratória da soja

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) decidiu nesta semana adiar os efeitos da suspensão da Moratória da Soja, garantindo a continuidade do pacto até o fim de 2025.
Na prática, isso dá fôlego ao setor produtivo e às tradings, que ganharam tempo para ajustar contratos, compliance ambiental e negociações internacionais antes que a medida passe a valer em 1º de janeiro de 2026.

O que é a Moratória da Soja?

Criada em 2006, a Moratória da Soja é um acordo voluntário entre indústrias, tradings e sociedade civil para não comprar grãos oriundos de áreas da Amazônia desmatadas após julho de 2008.
Ela se tornou referência internacional de sustentabilidade e rastreabilidade, servindo como vitrine da soja brasileira em mercados exigentes, como União Europeia e EUA.

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O que mudou com a decisão do CADE

  • A suspensão imediata da Moratória, decidida em agosto/2025, foi modulada;
  • Até 31/12/2025, tudo segue como está — auditorias, monitoramentos e contratos seguem válidos;
  • A partir de 2026, se nada mudar, a suspensão entra em vigor, encerrando o pacto.

Esse recuo parcial reduz o risco operacional neste ano e mantém a previsibilidade para os embarques da safra 2025/26.

Impactos para produtores e mercado

  1. Produtores podem manter o padrão atual de compliance, sem precisar rever contratos às pressas.
  2. Tradings e indústrias têm mais segurança para cumprir auditorias e contratos internacionais.
  3. Mercado externo continua recebendo o sinal de que o Brasil ainda mantém controle contra o desmatamento até o fim de 2025.
  4. Ambientalistas cobram que o governo e empresas encontrem alternativa antes de 2026.

Próximos passos até o fim do ano

  • Monitorar decisões judiciais: STF e Executivo podem intervir.
  • Ajustar contratos: cláusulas precisam prever cenários para 2026.
  • Dialogar com compradores globais: garantir que exigências “deforestation-free” sejam atendidas.
  • Preparar planos de contingência: caso a suspensão volte em 2026, o impacto será direto sobre exportações.
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Conclusão

A decisão do CADE não encerra o debate, mas oferece um respiro estratégico para o agro. Produtores e tradings têm até o fim de 2025 para se preparar, revisar contratos e dialogar com parceiros internacionais.
Se 2026 marcar mesmo o fim da Moratória, o setor terá de provar que consegue garantir rastreabilidade e sustentabilidade sem perder competitividade global.

Perguntas Frequentes

1. O que é a Moratória da Soja?

É um pacto firmado desde 2006 que proíbe a compra de soja produzida em áreas desmatadas da Amazônia após julho de 2008.

2. O que o CADE decidiu agora?

O CADE modulou sua decisão: a suspensão da Moratória só terá efeito a partir de 1º de janeiro de 2026, mantendo o pacto ativo até o fim de 2025.

3. O que muda para o produtor em 2025?Nada muda. Ele deve seguir as regras da Moratória normalmente até 31/12/2025.

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4. Quais os riscos para 2026?Se o pacto acabar, produtores e tradings precisarão buscar outras formas de comprovar sustentabilidade, sob risco de perder mercados internacionais.

5.Qual o impacto para o comércio exterior?

A decisão preserva temporariamente a imagem do Brasil em mercados exigentes, mas a partir de 2026 pode haver barreiras comerciais se não houver alternativa.