Automação na pecuária de corte: tecnologias que revolucionam

Automação na pecuária de corte tecnologias que revolucionam

Tecnologias de automação transformam a pecuária de corte

Introdução

A pecuária de corte brasileira está em plena transformação tecnológica. Sistemas automatizados que antes pareciam distantes da realidade do campo agora estão presentes em diversas propriedades, desde pequenos sítios até grandes fazendas. Da alimentação automatizada ao monitoramento via satélite, essas inovações vêm aumentando a produtividade, reduzindo perdas e promovendo bem-estar animal.

Neste artigo, você vai descobrir as principais tecnologias de automação na pecuária de corte que estão mudando a pecuária de corte, exemplos reais de aplicação no Brasil e dicas práticas para aplicar no seu sistema de produção. Se você busca mais eficiência e competitividade no seu negócio rural, este conteúdo é para você!

Quais as tecnologias de automação na pecuária de corte?

1. Monitoramento remoto do rebanho com sensores e drones

O manejo de rebanhos evoluiu com o uso de coleiras com sensores inteligentes, GPS e drones agrícolas. Essas tecnologias permitem que o pecuarista acompanhe o comportamento e a saúde dos animais em tempo real, sem precisar estar fisicamente em todos os piquetes.

Como funciona:

  • Sensores captam sinais vitais, movimentação e até padrões de ruminação dos bovinos.
  • Drones fazem sobrevoos periódicos ou programados para identificar áreas degradadas, animais isolados ou comportamento anormal.

Segundo a Embrapa Gado de Corte, o uso de tecnologias de monitoramento remoto pode reduzir em até 30% os custos com mão de obra e manejo emergencial nas fazendas de pecuária intensiva e semi-intensiva.

Na Fazenda Conforto (MT), drones foram usados para monitorar mais de 7 mil cabeças. Em apenas um ano, a propriedade registrou uma redução de 22% na mortalidade neonatal bovina.

Dica prática:
Drones de entrada já podem ser adquiridos por menos de R$ 5.000, e muitos modelos têm integração com aplicativos de mapeamento gratuito.

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2. Sistemas automáticos de alimentação e hidratação

A automação dos cochos e bebedouros traz maior controle sobre o fornecimento de nutrientes e água, além de reduzir desperdícios. Animais bem alimentados e hidratados ganham peso mais rápido e com mais eficiência.

Tecnologias aplicadas:

  • Cochos inteligentes: regulam a quantidade de ração fornecida por animal com base em peso e fase de desenvolvimento.
  • Bebedouros com sensores: garantem fornecimento contínuo e monitoram consumo, alertando sobre alterações que podem indicar doenças.

Pesquisas da Universidade Federal de Viçosa (UFV) indicam que fazendas que adotam cochos automatizados obtêm aumento de até 12% no ganho de peso diário.

A Fazenda Bela Vista, em Goiás, relatou economia de 18% no consumo de ração após adoção de cochos eletrônicos em seu confinamento de ciclo curto.

Dica prática:
Comece automatizando apenas os cochos dos lotes de terminação. É uma forma econômica de testar a tecnologia e já colher resultados rápidos.

3. Pesagem automática com RFID

A mensuração do peso é uma das informações mais importantes na pecuária. Automatizar esse processo permite identificar rapidamente animais que estão com desempenho abaixo do esperado e ajustar o manejo com agilidade.

Como ocorre:

  • Balanças instaladas em corredores de acesso a bebedouros ou áreas de descanso.
  • Tags RFID identificam cada animal automaticamente ao passar pela balança, registrando o peso e atualizando no software de gestão.

Segundo a Assocon, propriedades que utilizam pesagem automatizada apresentam até 18% mais precisão nas decisões de venda e suplementação.

Dica prática:
Uma alternativa de baixo custo é instalar balanças portáteis com leitores de RFID apenas nos momentos estratégicos, como entrada e saída do confinamento.

4. Satélites e inteligência artificial para gestão de pastagens

O monitoramento por satélite, aliado à inteligência artificial, fornece dados sobre a qualidade e produtividade das pastagens — fundamentais para definir lotações, evitar sobrepastoreio e planejar reformas.

Aplicações:

  • Imagens de satélite indicam vegetação degradada e zonas com menor biomassa.
  • A IA interpreta os dados e sugere ações como rotação de piquetes ou adubação.

De acordo com a Embrapa Monitoramento por Satélite, propriedades que adotaram o sistema tiveram aumento médio de 20% na capacidade de suporte do solo após ajustes.

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Plataformas brasileiras:

  • Agrosmart
  • Geoflora
  • Sensix

Esses sistemas possuem versões acessíveis ao produtor médio, com suporte técnico em português.

Dica prática:

Utilize imagens NDVI para planejar a taxa de lotação dos piquetes — isso evita perda de desempenho e degradação do solo.

5. Robôs e automação nas fazendas

Os robôs agrícolas deixaram de ser ficção científica e já operam em fazendas brasileiras. Eles atuam nas rotinas mais repetitivas e que exigem maior precisão.

Exemplos:

  • Distribuição automatizada de ração, inclusive com ajuste em tempo real por animal.
  • Robôs de coleta de fezes com leitura de parasitas, promovendo controle sanitário precoce.

A Embrapa Pecuária Sul desenvolve projetos de automação de rotina em sistemas de cria e recria, utilizando sensores e algoritmos de inteligência para alertas sanitários em tempo real.

Dica prática:
Comece com automações simples, como motores temporizados nos cochos ou controle remoto dos bebedouros. São investimentos iniciais com alto retorno.

Outras inovações para fortalecer a produção

Blockchain na rastreabilidade:

Permite que toda a cadeia — do nascimento do animal até o abate — seja rastreada com segurança e transparência. Ideal para exportação e carne premium.

Softwares de gestão:

Ferramentas como JetBov, Ideagri e BeefTrader reúnem dados de sanidade, reprodução, peso, vendas e cruzamentos em um único sistema.

Internet das Coisas (IoT):

Integra sensores de temperatura, peso, cocho, água e localização numa única central de dados. O produtor pode acompanhar tudo pelo celular.

Como escolher as tecnologias certas para sua realidade?

Passo a passo prático:

  1. Avalie sua estrutura atual e identifique os gargalos mais críticos.
  2. Estime o retorno sobre o investimento (ROI) de cada tecnologia.
  3. Prefira soluções que possam crescer conforme sua fazenda evolui (escaláveis).
  4. Busque apoio técnico, cooperativas ou universidades que oferecem assistência gratuita ou subsidiada.

Conclusão

A automação na pecuária de corte é mais do que tendência: é uma realidade em crescimento acelerado. Com investimentos estratégicos, é possível obter ganhos expressivos em produtividade, sustentabilidade e rentabilidade.

O mais importante é começar, mesmo que com um pequeno módulo automatizado. A cada passo, o produtor aprende, ajusta e se prepara para um futuro cada vez mais conectado e eficiente.

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FAQ sobre Automação na Pecuária de Corte

1. Quais são as tecnologias usadas na pecuária?

As principais tecnologias usadas na pecuária de corte incluem:

  • Monitoramento remoto de rebanhos com sensores, coleiras e drones;
  • Automação de alimentação e hidratação com cochos e bebedouros inteligentes;
  • Pesagem eletrônica automática com identificação RFID;
  • Gestão de pastagens com imagens de satélite e inteligência artificial;
  • Automação robótica para distribuição de ração e análise sanitária;
  • Blockchain para rastreabilidade e softwares de gestão integrada da produção.

Essas tecnologias aumentam a produtividade, reduzem perdas e melhoram o bem-estar animal.

2. Como a automação impacta a produtividade na pecuária?

A automação reduz desperdícios, permite decisões mais rápidas e melhora o desempenho zootécnico dos animais. Estudos mostram que a utilização de tecnologias automatizadas pode aumentar em até 20% a capacidade de suporte do pasto e em 12% o ganho de peso diário dos bovinos, conforme dados da Embrapa e da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

3. É possível pequenos produtores adotarem automação?

Sim! Pequenos e médios produtores podem começar com investimentos acessíveis, como drones para monitoramento de piquetes, cochos eletrônicos básicos ou softwares de gestão pecuária com versões gratuitas ou de baixo custo. A automação pode ser implantada de forma gradual e estratégica.

4. Quais cuidados são importantes ao adotar tecnologias na fazenda?

Antes de adotar novas tecnologias, é importante:

  • Avaliar a real necessidade da propriedade;
  • Estimar o retorno sobre investimento (ROI);
  • Treinar a equipe para uso adequado dos sistemas;
  • Garantir suporte técnico confiável;
  • Começar com projetos piloto em setores menores antes de expandir.

Esses cuidados evitam gastos desnecessários e aumentam as chances de sucesso.

5. Quais tendências de automação prometem crescer nos próximos anos?

As principais tendências incluem:

  • Expansão da Internet das Coisas (IoT) no campo;
  • Uso de inteligência artificial para predição de desempenho animal;
  • Ampliação da rastreabilidade com blockchain;
  • Automação de bem-estar animal com sensores de comportamento e estresse.

Essas inovações tornam a produção mais eficiente, segura e sustentável.