Como plantar e fazer silagem de mandioca com sucesso

Silagem de Mandioca

Como plantar e fazer silagem de mandioca com sucesso

Introdução

Se você trabalha no campo e busca uma forma de alimentar bem o gado sem gastar muito, vem comigo que esse artigo é pra você! Vamos falar sobre como plantar mandioca e fazer silagem de um jeito simples, direto e que realmente funciona no dia a dia da roça. A mandioca, além de resistente, cresce fácil em muitos tipos de solo e vira um alimento energético excelente pros animais.

Aqui, você vai descobrir os segredos desde o plantio até o momento certo de colher e armazenar. Tudo isso com dicas práticas, como se fosse uma conversa entre vizinhos na cerca. Então, pega o caderninho e bora aprender a transformar sua lavoura em produtividade pro rebanho!

1. Por que vale a pena usar mandioca pra silagem?

Uma planta que dá retorno

A primeira coisa que a gente precisa entender é o quanto a mandioca é vantajosa quando o assunto é alimentação animal. Diferente de outras culturas que exigem muito cuidado e investimento, a mandioca é fácil de plantar, cresce rápido e produz bem. Pra quem vive da agropecuária, isso significa menos custo e mais alimento disponível.

Além disso, ela é uma fonte rica de energia, cheia de amido, que ajuda no ganho de peso do gado e aumenta a produção de leite. O pessoal que já usa silagem de mandioca costuma dizer que o gado “come até lamber o cocho”. E é verdade, viu? Quando bem feita, a silagem fica saborosa e o consumo pelos animais aumenta bastante.

Tudo aproveitável, nada se perde

Outro ponto que faz a mandioca se destacar é que quase tudo nela pode ser usado. A raiz, claro, é o principal, mas a parte aérea – as ramas e folhas – também entra na silagem. Isso quer dizer mais volume de alimento por hectare e menos desperdício. É produtividade do jeito que o produtor gosta.

Sem contar que, ao misturar com outros ingredientes como capim ou cana picada, você consegue uma silagem balanceada, cheia de fibra e energia. Isso melhora a saúde do rebanho e ajuda até a reduzir os custos com ração industrializada. Então se você quer mais eficiência no trato, a mandioca é uma escolha certeira.

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2. Como plantar mandioca do jeito certo?

Preparando o terreno para uma boa colheita

Antes de tudo, é importante escolher bem o lugar onde você vai plantar. A mandioca gosta de solos bem drenados e com boa fertilidade. Se o terreno for muito duro ou encharcado, ela não se desenvolve direito. Então, comece arando e gradando a terra, deixando ela solta e livre de mato. Se puder, faça uma análise de solo — isso ajuda a saber se precisa corrigir o pH com calcário ou adicionar algum nutriente.

Outra dica valiosa é cuidar do espaçamento entre as plantas. O ideal é plantar com 1 metro entre as linhas e 0,5 metro entre as covas. Assim, a mandioca tem espaço pra crescer e produzir raízes bem formadas. E olha, não subestime o uso das manivas! Pegue pedaços de caule com cerca de 20 a 30 centímetros, com várias gemas, e plante com a parte virada pra cima.

Quando plantar? Fique de olho no tempo

A melhor época pra colocar a mandioca na terra é no começo das chuvas, geralmente entre outubro e dezembro, dependendo da sua região. Isso garante que a planta pegue bem e cresça com força. A mandioca leva de 10 a 14 meses pra ficar no ponto, então planeje direitinho. Quanto melhor o solo e o cuidado com o cultivo, maior será a produção de raízes — e isso é essencial se a sua ideia for fazer silagem de mandioca depois.

3. Como fazer a silagem de mandioca?

Colheu? Agora é hora de picar e armazenar

Depois que a mandioca estiver no ponto certo, é hora de transformar ela em silagem. O primeiro passo é colher a planta inteira — raízes, ramas e folhas. Tudo isso pode entrar no processo. Em seguida, vem a parte do corte. Use um triturador forrageiro e pique tudo em pedaços pequenos, o que facilita a compactação e a fermentação. Quanto mais bem picado, melhor será a qualidade da silagem de mandioca.

Compactação e cobertura: os segredos do sucesso

Depois de picar, é só colocar o material no silo. Pode ser trincheira, saco ou superfície, o importante é compactar bem pra tirar o ar. Isso evita mofo e garante que a fermentação ocorra da forma certa. Aí é só cobrir com lona plástica e proteger com pneus ou terra por cima. Em cerca de 30 dias, a silagem já está pronta pra ser usada.

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Ah, e um detalhe importante: se quiser uma silagem ainda mais nutritiva e bem fermentada, misture a mandioca com cana-de-açúcar ou capim picado. A proporção ideal é 70% de mandioca e 30% de outro volumoso. Assim, você garante uma silagem equilibrada, rica em energia e boa de paladar pro gado.

4. Benefícios nutricionais da silagem de mandioca

Energia que dá resultado no cocho

Quando a gente fala em silagem de mandioca, uma das primeiras coisas que vem à mente é o alto valor energético. Isso porque a mandioca tem muito amido, que é um tipo de carboidrato fácil de ser digerido pelos animais. Isso ajuda o gado a ganhar peso mais rápido e melhora a produção de leite. É como se fosse um combustível natural, direto do campo, que faz diferença no dia a dia da fazenda.

Além da energia, a silagem de mandioca também traz um teor razoável de proteína bruta, que pode chegar a 9%, dependendo do manejo e do ponto de colheita. E quando a gente mistura com outras forragens, como capim elefante ou cana, esse valor nutricional fica ainda mais completo. A digestibilidade da silagem é alta, chegando a 70%, o que significa que o animal aproveita bem os nutrientes e desperdiça menos.

Palatabilidade e aceitação pelo gado

Um ponto que todo produtor observa é se o gado gosta da ração — e aqui a silagem de mandioca ganha pontos. Ela tem um sabor adocicado e cheiro agradável, o que faz com que os animais comam com vontade. Isso é ótimo pra evitar sobras no cocho e garantir que o rebanho esteja bem alimentado todos os dias. No fim das contas, a saúde do animal melhora, a engorda é mais eficiente e até os gastos com ração industrial caem.

5. Cuidados importantes na produção

O olho do dono engorda a silagem

Não basta só plantar e ensilar — tem que acompanhar de perto o processo pra garantir qualidade. Um dos erros mais comuns é deixar a silagem úmida demais. Se tiver muita água, o risco de apodrecer ou fermentar errado é alto. Por isso, fique atento ao ponto de colheita e evite usar plantas muito verdes ou recém-lavadas. A umidade ideal fica entre 30% e 35%, e isso influencia direto na conservação do alimento.

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Outro cuidado fundamental é não usar raízes podres ou com sinais de doença. A mandioca pode ter ácido cianídrico, que em excesso é tóxico pros animais. Por isso, o ideal é colher no ponto certo, usar material saudável e garantir uma boa compactação no silo. E, se puder, monitore o pH da silagem — ele deve ficar entre 3,8 e 4,2. Isso garante uma fermentação estável e um alimento seguro.

Teste com o rebanho e ajuste o manejo

Por fim, faça sempre um teste com o gado. Dê a silagem em pequenas quantidades e observe como eles reagem. Se tiver boa aceitação e o consumo for alto, ótimo sinal! Mas se tiver rejeição, vale revisar o corte, a mistura ou até a armazenagem da silagem de mandioca. Ajustes simples podem evitar prejuízos e melhorar muito os resultados na alimentação do rebanho.

Conclusão: o poder da mandioca na mão do produtor

Se tem uma coisa que a gente aprendeu até aqui é que a silagem de mandioca é um verdadeiro trunfo pro produtor rural. Ela junta tudo o que a gente precisa no campo: facilidade no cultivo, boa produção e um alimento de qualidade pro rebanho. Seja pra quem tem gado de corte ou de leite, usar a mandioca como base da alimentação é uma escolha inteligente e que cabe no bolso.

Além disso, o fato de poder aproveitar a planta toda — das raízes às folhas — torna o processo ainda mais vantajoso. Com um bom manejo, dá pra garantir mais produtividade, menos desperdício e um rebanho bem alimentado o ano inteiro. Isso sem contar que a silagem de mandioca ajuda a reduzir os custos com ração industrializada, fortalecendo a autonomia da propriedade.

Então, se você ainda não apostou nessa alternativa, talvez seja hora de experimentar. A mandioca tá aí, fácil de plantar e cheia de benefícios. Com um pouco de cuidado e atenção, dá pra transformar esse recurso simples num aliado poderoso na nutrição animal e no crescimento da sua produção.